A Polícia Federal (PF) desmontou nesta quinta-feira (7) uma organização criminosa que extraía ilegalmente por mês 160 quilos de ouro e pedras preciosas da reserva indígena Yanomami, em Roraima.
De acordo com o órgão, a Operação Warari Koxi (destruição do meio ambiente na língua dos Yanomami) mobilizou 150 agentes para cumprir 313 medidas judiciais em Roraima, Amazonas, Rondônia, Pará e São Paulo. A quadrilha era composta por empresários, funcionários públicos, donos de garimpo, joalheiros e pilotos de avião.
Os Yanomamis, proprietários de uma das maiores reservas indígenas na Amazônia brasileira e que também ocupam territórios da Venezuela, são uma das etnias com menos contato com os não-índios e conservam grande parte de seus costumes.
“Chamou atenção dos investigadores o montante do prejuízo econômico para a União e a voracidade com que o ecossistema vinha sendo degradado pela atividade extrativista, que polui os rios com mercúrio e outros metais pesados, além da consequente destruição da fauna e da flora da reserva e da cultura Yanomami”, explicou a PF em comunicado.
Os prejuízos são estimados em R$ 17 milhões mensais, além dos prejuízos ambientais. Durante os seis meses de investigação, a PF identificou também movimentações atípicas de cerca de R$ 1 bilhão.
Os acusados de pertencer à organização responderão por diversos crimes, entre eles extração de recursos naturais de forma ilegal, uso indiscriminado de mercúrio, contrabando e lavagem de dinheiro. (Fonte: Terra)
Nenhum comentário:
Postar um comentário