Segundo estudo, 33,7% do volume que sai das estações de tratamento não chega nas casas
DÉBORA COSTA ESPECIAL PARA O TEMPO
Se a crise hídrica foi séria no ano passado em Minas Gerais, parte dela pode ser explicada por um desperdício invisível em 2014. Naquele ano, o Estado perdeu mais de um terço de sua água entre a saída dela das estações de tratamento até a chegada nas torneiras das casas. Segundo dados apresentados na 20ª edição do Diagnóstico dos Serviços de Águas e Esgotos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Minas foi o Estado da região Sudeste com o maior percentual de perda de distribuição, com 33,7%. A média da região foi de 32,6%.
O número mineiro é inferior ao do país, que atingiu um índice de 36,7%. De acordo com o professor da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e idealizador do projeto Manuelzão, Apolo Heringer, a perda de água pode ser explicada por problemas na infraestrutura na rede de distribuição. “É a falta de manutenção do sistema, problemas de tubulações. Um cano estoura no subterrâneo, e a prestadora só vai descobrir após um mês. Tem também o problema dos gatos”, destaca.
Redução. Se foi o que mais perdeu, Minas também foi o Estado da região Sudeste com menor consumo de água per capita. Os mineiros consumiram 154,1 litros por dia em 2014, enquanto a média da região foi de 187,9 litros.
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