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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Em tempos vindouros surgirá no homem a verdadeira religiosidade

TRIGUEIRINHO

PUBLICADO EM 16/09/18 - 03h00 

Neste planeta não houve voluntários em número suficiente para colocar em marcha o Plano Evolutivo de união e cooperação com os Reinos da Natureza. Agora, os problemas são insolúveis do ponto de vista racional, ainda que se procure resolvê-los com reuniões políticas e administrativas, em movimentos ecológicos e ambientalistas.

O progresso tecnológico desviou o homem do verdadeiro e efetivo trabalho que ele tinha a fazer, e hoje existe uma superpopulação despreparada para viver as Leis Superiores, e que mal se acomoda às presentes leis materiais da Terra. Em vez de cooperar com os Reinos da Natureza, a tecnologia viciou o homem em querer sempre mais, sem que ele tivesse tempo sequer de pensar que estava, na realidade, espoliando e desvitalizando o planeta que o hospeda.

A limitação de todas as ciências é patente nesta época. A impossibilidade de união entre os homens também revelou-se uma tônica. As religiões da superfície da Terra deveriam ter sido o princípio de ligação entre o homem e o Cosmos, mas detiveram-se em diversas idolatrias, até alcançarem a idolatria da própria matéria. Por isso, até hoje existiram mais em função de exercer um poderio político-dogmático e, em certos casos, até econômico, do que propriamente de desempenhar sua autêntica tarefa. Agora é tarde para rever posições, dado que todas essas instituições estão destinadas a desaparecer.

Aparatos mecânicos, como os engenhos espaciais atuais, estão perturbando a paz e a harmonia em camadas do espaço que vivem de uma realidade magnética e energética perfeitamente equilibrada. O que é chamado de conquista espacial, não é buscado para a glória da evolução única de todo o Cosmos, mas com objetivos de exploração. Grande parte da humanidade da superfície encontra-se desvitalizada, e não tem condições de perceber seus verdadeiros problemas, nem de captar as respectivas soluções. A ação maléfica da conquista espacial está ultrapassando as regiões da crosta e da atmosfera terrestres, atingindo áreas que estão além dos limites permitidos à nossa aproximação humana. Com tudo isso, outros planetas estão sendo afetados, necessitando transmutar os efeitos que lhes são causados pela imprudência humana. Tampouco sabem que a ação do homem, contrária à harmonia, poderá continuar somente até certo ponto, quando então deverá ser sustada pelo Cosmos.

Cidades resplandecentes, paisagens divinas, mares de pura irradiação, positiva e curativa, estendem-se onde os homens da superfície da Terra, por não terem ainda desenvolvido os sentidos internos, só enxergam poeira e deserto. A esses “locais”, se assim podem ser chamados, o homem deveria enviar pensamentos de fraternidade, propiciando desse modo à sua consciência o necessário desenvolvimento para comunicar-se com eles. A abertura para essas realidades, porém, não deveria permanecer no plano das palavras, ou de uma compreensão intelectual-mental, mas sim fazer parte do cotidiano do homem.

A humanidade deveria tornar-se um elemento de equilíbrio, deixando fluir para o plano físico, tão depauperado, harmonia e paz. Isso será possível se cada indivíduo cultivá-las no seu mundo subjetivo e elas se tornarem sua verdadeira aspiração. Então, surgirá finalmente no homem a verdadeira religiosidade, isto é, o estado de abertura aos níveis superiores, ao Espírito, ou como ainda é chamada essa Meta Evolutiva, a Deus. (Outras mensagens do autor estão em www.comunidadefigueira.org.br e www.irdin.org.br

Luto. Trigueirinho faleceu ontem aos 87 anos e esta foi a última coluna enviada por ele para O TEMPO. 

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