Paulo André Vieira*
05 de Agosto de 2012
Nossa primeira viagem via satélite pelas áreas verdes das cidades rendeu muitas curtidas, comentários e emails dos leitores. Recebemos várias sugestões de áreas verdes urbanas, principalmente no Brasil, que mereciam ter entrado em nossa lista. Embarcamos então no Google Earth e fomos conferir as dicas dos leitores. Abaixo vocês podem ver o resultado de nossa viagem, agora se mantendo exclusivamente dentro de nosso país. As imagens foram retiradas do Google Earth.
Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa
O Jardim Botânico Benjamim Maranhão, antes popularmente conhecido como Mata do Buraquinho, é a maior floresta densa e plana cercada por área densamente urbanizada do mundo. O parque conta com espécies animais e vegetais típicas da mata atlântica. Além de área de lazer, o jardim botânico tem o objetivo de estudar espécies da fauna e da flora, desenvolver atividades de educação ambiental e preservar o patrimônio genético das plantas. Desde a criação do jardim botânico são visíveis as invasões às margens da reserva, onde podem ser constatados casos de subtração de território de preservação, assim como desmatamento.
Serra da Cantareira, São Paulo
A Serra da Cantareira abrange os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras. Sua encosta sul pertence ao Parque Estadual da Cantareira, com 7.916 hectares, apresentando normas rígidas de preservação da mata atlântica nativa e portando poucas trilhas. Possui cobertura vegetal de mata atlântica além de diversidade de fauna e flora, abrigando cerca de 200 espécies de aves, dentre elas o tucano-de-bico-verde e o macuco. A Serra sofre atualmente diversos impactos e ameaças como as ocupações irregulares, desmatamentos e despejo ilegal de lixo e entulho.
Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus
A Reserva Florestal Adolpho Ducke, com 100 km2, é limítrofe ao perímetro urbano da cidade de Manaus. Se encontra coberta por uma típica floresta tropical úmida de terra firme da Amazônia, ou Floresta Densa Tropical. A reserva se encontra em excelente estado de conservação, e não é aberta à visitação pública, com visitas permitidas apenas para propósitos de pesquisa e educação. Em sua borda encontra-se o Jardim Botânico Adolpho Ducke, o maior do mundo, possuindo mais de 5 km² de área para pesquisas e mais de 3km de trilhas, que levam o visitante ao interior da mata primária onde é possível encontrar árvores como um angelim-pedra (Dinizia excelsa) de 40 metros e 400 anos de idade.
Jardim Botânico, Brasília
O Jardim Botânico de Brasília foi o primeiro do Brasil com um ecossistema predominante de cerrado, e sua área já estar em parte delimitada desde a construção da cidade. Possui uma área de cerca de 5 mil hectares, dos quais 526 hectares são abertos à visitação, com plantas nativas e exóticas devidamente identificadas, além de uma trilha ecológica com 4.500 metros.
Parque Natural Morro do Osso, Porto Alegre
O Parque Natural Morro do Osso é um parque municipal de Porto Alegre, criado em 1994, e que oferece uma das mais belas vistas da cidade. Um dos últimos redutos de Mata Atlântica da região, o Morro do Osso é habitado por aves silvestres e bugios ruivos. O parque dispõe de uma sede com auditório para atividades educacionais e programas de educação ambiental. Visitas orientadas podem ser agendadas por instituições de ensino e pesquisa. Em abril de 2004 um grupo da etnia kaingang iniciou o processo de ocupação da porção oeste do Morro do Osso. Muitos ecologistas, incluindo a direção do parque, se manifestam contra presença dos indígenas no local, alegando serem eles a principal ameaça às fauna e flora existente no morro.
Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador
O Parque Metropolitano de Pituaçu está situado na orla marítima de Salvador. Com 425 hectares de área e um cinturão de Mata Atlântica, é fonte de lazer e turismo para a cidade com sua fauna e flora diversificadas, além da beleza da Lagoa de Pituaçu. Em 2006, foram plantados no entorno da lagoa, exemplares de pau-brasil, aroeira, pau-pombo, jenipapeiro, cajá, mangaba, cedro e ipês roxo e amarelo, visando a repor a área da mata perdida. O maior problema enfrentado pelo parque é a construção de grandes prédios que praticamente invadem a reserva, além da construção de uma nova avenida que deve cortar o parque.
Parque Ambiental do Utinga, Belém
O Parque Estadual do Utinga, localizado entre os municípios de Belém e Ananindeua, tem 1.340 hectares de área de floresta de terra firme, várzea e igapós, onde vivem várias espécies de mamíferos, répteis, anfíbios e insetos, além da grande variedade de aves e flora diversificada. Abriga os Lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis por 60% da água que chega às casas dos municípios de Belém, Marituba e Ananindeua.
Parque Ecológico do Rio Cocó, Fortaleza
O Parque Ecológico do Rio Cocó é uma área de conservação localizado na cidade de Fortaleza. O manguezal do Rio Cocó em seus trechos preservados formam uma mata de mangues de rara beleza, situado no coração de Fortaleza onde várias espécies de moluscos, crustáceos, peixes, répteis, aves e mamíferos compõem cadeias alimentares com ambientes propícios para reprodução, desova, crescimento e abrigo natural. Por ter toda a sua área dentro do município de Fortaleza em região de grande desenvolvimento urbano, os limites do parque estão constantemente sofrendo problemas de impacto ambiental e degradação do bioma.
05 de Agosto de 2012
Nossa primeira viagem via satélite pelas áreas verdes das cidades rendeu muitas curtidas, comentários e emails dos leitores. Recebemos várias sugestões de áreas verdes urbanas, principalmente no Brasil, que mereciam ter entrado em nossa lista. Embarcamos então no Google Earth e fomos conferir as dicas dos leitores. Abaixo vocês podem ver o resultado de nossa viagem, agora se mantendo exclusivamente dentro de nosso país. As imagens foram retiradas do Google Earth.
Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa
O Jardim Botânico Benjamim Maranhão, antes popularmente conhecido como Mata do Buraquinho, é a maior floresta densa e plana cercada por área densamente urbanizada do mundo. O parque conta com espécies animais e vegetais típicas da mata atlântica. Além de área de lazer, o jardim botânico tem o objetivo de estudar espécies da fauna e da flora, desenvolver atividades de educação ambiental e preservar o patrimônio genético das plantas. Desde a criação do jardim botânico são visíveis as invasões às margens da reserva, onde podem ser constatados casos de subtração de território de preservação, assim como desmatamento.
Serra da Cantareira, São Paulo
A Serra da Cantareira abrange os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras. Sua encosta sul pertence ao Parque Estadual da Cantareira, com 7.916 hectares, apresentando normas rígidas de preservação da mata atlântica nativa e portando poucas trilhas. Possui cobertura vegetal de mata atlântica além de diversidade de fauna e flora, abrigando cerca de 200 espécies de aves, dentre elas o tucano-de-bico-verde e o macuco. A Serra sofre atualmente diversos impactos e ameaças como as ocupações irregulares, desmatamentos e despejo ilegal de lixo e entulho.
Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus
A Reserva Florestal Adolpho Ducke, com 100 km2, é limítrofe ao perímetro urbano da cidade de Manaus. Se encontra coberta por uma típica floresta tropical úmida de terra firme da Amazônia, ou Floresta Densa Tropical. A reserva se encontra em excelente estado de conservação, e não é aberta à visitação pública, com visitas permitidas apenas para propósitos de pesquisa e educação. Em sua borda encontra-se o Jardim Botânico Adolpho Ducke, o maior do mundo, possuindo mais de 5 km² de área para pesquisas e mais de 3km de trilhas, que levam o visitante ao interior da mata primária onde é possível encontrar árvores como um angelim-pedra (Dinizia excelsa) de 40 metros e 400 anos de idade.
Jardim Botânico, Brasília
O Jardim Botânico de Brasília foi o primeiro do Brasil com um ecossistema predominante de cerrado, e sua área já estar em parte delimitada desde a construção da cidade. Possui uma área de cerca de 5 mil hectares, dos quais 526 hectares são abertos à visitação, com plantas nativas e exóticas devidamente identificadas, além de uma trilha ecológica com 4.500 metros.
Parque Natural Morro do Osso, Porto Alegre
O Parque Natural Morro do Osso é um parque municipal de Porto Alegre, criado em 1994, e que oferece uma das mais belas vistas da cidade. Um dos últimos redutos de Mata Atlântica da região, o Morro do Osso é habitado por aves silvestres e bugios ruivos. O parque dispõe de uma sede com auditório para atividades educacionais e programas de educação ambiental. Visitas orientadas podem ser agendadas por instituições de ensino e pesquisa. Em abril de 2004 um grupo da etnia kaingang iniciou o processo de ocupação da porção oeste do Morro do Osso. Muitos ecologistas, incluindo a direção do parque, se manifestam contra presença dos indígenas no local, alegando serem eles a principal ameaça às fauna e flora existente no morro.
Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador
O Parque Metropolitano de Pituaçu está situado na orla marítima de Salvador. Com 425 hectares de área e um cinturão de Mata Atlântica, é fonte de lazer e turismo para a cidade com sua fauna e flora diversificadas, além da beleza da Lagoa de Pituaçu. Em 2006, foram plantados no entorno da lagoa, exemplares de pau-brasil, aroeira, pau-pombo, jenipapeiro, cajá, mangaba, cedro e ipês roxo e amarelo, visando a repor a área da mata perdida. O maior problema enfrentado pelo parque é a construção de grandes prédios que praticamente invadem a reserva, além da construção de uma nova avenida que deve cortar o parque.
Parque Ambiental do Utinga, Belém
O Parque Estadual do Utinga, localizado entre os municípios de Belém e Ananindeua, tem 1.340 hectares de área de floresta de terra firme, várzea e igapós, onde vivem várias espécies de mamíferos, répteis, anfíbios e insetos, além da grande variedade de aves e flora diversificada. Abriga os Lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis por 60% da água que chega às casas dos municípios de Belém, Marituba e Ananindeua.
Parque Ecológico do Rio Cocó, Fortaleza
O Parque Ecológico do Rio Cocó é uma área de conservação localizado na cidade de Fortaleza. O manguezal do Rio Cocó em seus trechos preservados formam uma mata de mangues de rara beleza, situado no coração de Fortaleza onde várias espécies de moluscos, crustáceos, peixes, répteis, aves e mamíferos compõem cadeias alimentares com ambientes propícios para reprodução, desova, crescimento e abrigo natural. Por ter toda a sua área dentro do município de Fortaleza em região de grande desenvolvimento urbano, os limites do parque estão constantemente sofrendo problemas de impacto ambiental e degradação do bioma.
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