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quarta-feira, 20 de junho de 2012

‘Juntos somos uma voz alta demais para ser ignorada’, diz canadense


A canadense Severn Cullis-Suzuki, que ficou conhecida como “a menina que silenciou o mundo por cinco minutos” por seu discurso feito para delegados e chefes de Estado na Rio-92, voltou a emocionar a plateia no evento Rio+Social, que acontece num hotel da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para discutir o uso da tecnologia, da mídia digital e das ações sociais para ajudar a desenvolver soluções sustentáveis para enfrentar os maiores problemas do planeta.

Na tarde desta terça-feira (19), ela disse que para construir um mundo melhor não é preciso muito dinheiro.
“Todos temos voz, vamos usá-la. Juntos seremos uma voz alta demais para ser ignorada”, disse.

Ela lembrou que, quando tinha 12 anos, veio do Canadá para lembrar aos líderes do mundo do que estava em jogo: “o futuro da minha geração, o futuro de todas as gerações”.

“Pedi a eles que não se esquecessem do motivo pelo qual estavam aqui. ‘Somos seus filhos, vocês decidirão em que mundo viveremos’, eu disse a eles”, contou a jovem.

Para Severn, hoje os temas em debate na Rio+20 são mais sérios, relevantes e urgentes: “A poluição mudou o clima, mais de um bilhão de pessoas vivem sem energia, crianças ainda morrem de desidratação e pessoas vivem na miséria, sem comida nem água. Mas 1% da população continua a enriquecer. Devemos fazer mais”, pediu ela.

A canadense ressaltou ainda a importância das mídias sociais.

“Em 1992, eu era uma menina falando para um grupo. Hoje, graças à tecnologia, pelas mídias sociais temos um megafone que devemos usar para fazer as mudanças”.

O futuro que o mundo quer – Para ela, insistir em mudanças para um mundo melhor não é banalidade, é esperança para o futuro com base na expressão de pessoas ao redor de todo o mundo.

“Este é o futuro que o mundo quer: respirar ar e beber água fresca. Um mundo onde todos tenham direito a energia e aos benefícios da energia limpa do sol e dos ventos. Pobreza será problema do passado. Crianças terão o alimento de que precisam. Jovens terão direito ao trabalho, e as comunidades, o direito de progredir. Os problemas do ambiente pedem um entendimento do pensamento ecológico do planeta Terra e a Rio+20 é a oportunidade de mover para frente a agenda da sustentabilidade”, disse.

Severn lembrou que esta semana as Nações Unidas trouxeram à mesa governos, setor privado e sociedade civil para discutir a sustentabilidade.

“As nações têm que trabalhar umas com as outras. Os negócios têm que ter responsabilidade corporativa. As organizações da sociedade civil têm que ser as mais responsáveis possíveis”, pediu a jovem. (Fonte: Lilian Quaino/ G1)

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