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segunda-feira, 5 de março de 2012

Manifestantes em São Paulo pedem que Dilma vete novo Código Florestal


Um protesto contra o Código Florestal convocado pelas redes sociais na internet reuniu dezenas de manifestantes na tarde de sábado (3) no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista. Segurando panos verdes nas mãos, os manifestantes posicionaram-se de forma a escrever a frase “Veta, Dilma”, que podia ser lida do alto por curiosos que pararam sobre o Viaduto do Chá para observar o protesto.

“Estamos à véspera de votação do novo Código Florestal. E a ideia é que todos os estados se mobilizem na campanha ‘Veta, Dilma’. Na quarta-feira [7], em Brasília, vamos fazer uma manifestação com várias entidades para pedir que a presidenta Dilma Rousseff cumpra o que foi prometido na eleição, de vetar o Código Florestal”, disse Beloyanis Monteiro, coordenador de Mobilização da organização não governamental SOS Mata Atlântica.

Um dos pontos mais criticados pelos manifestantes com relação ao Código Florestal diz respeito à anistia para os que desmataram ilegalmente. “Um exemplo de anistia é nos mangues. Quem fez qualquer tipo de ocupação de mangues até 22 de julho de 2008 não precisará recompor o mangue e ainda poderá manter a atividade”, criticou Basileu Alves Margarido Neto, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, que faz parte do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

Segundo Margarido Neto, a aprovação do Código Florestal, da maneira como ele está, vai induzir a novos desmatamentos no país. “Aprovando o texto da forma como está, mesmo esse do Senado, que é ruim, mas melhor que o da Câmara [dos Deputados], que é um desastre, certamente teremos um crescimento significativo do desmatamento”, disse.

O projeto que altera o Código Florestal (PL 1.876/99) foi aprovado na Câmara no ano passado. Como o Senado modificou o texto aprovado pelos deputados, a proposta será votada novamente pela Câmara na próxima terça-feira (6). Depois, segue para a sanção da Presidência da República. (Fonte: Elaine Patricia Cruz /Agência Brasil)

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